sexta-feira, 8 de julho de 2011

E agora, José?

Fim de festa. As vozes se calaram, mas os acordes ainda estão soando por aí. E esse som de guitarra me lembra você e o nosso começo, marcado por acordes, risadas e amor.
Estou tentando correr, mas minhas pernas criaram vida própria, o que não reclamo,pois quando ando devagar posso refletir melhor sobre mim, sobre nós.
Desci o mesmo morro que tantas vezes descemos juntos, com os mesmos passos rápidos de sempre, mas dessa vez eu estava sozinha, sem o brilho no olhar nem o sorriso nos lábios. Alguma coisa mudou, mas ainda não descobrimos o que foi.
O apreço e a amizade ainda estão aqui, a felicidade você ainda me traz, então por que tudo está tão diferente? Você roubou meu coração, meu sorriso, e hoje eles estão aí, no bolso interno do seu terno, enquanto eu estou aqui, com um peito vazio e olhos encharcados.
Parece que estamos lutando contra o inevitável, mas e os nossos sonhos sonhados no banco da praça? E todos os nosso planos, nossa casa, nossas viagens, nossos filhos? Vão ficar ali, eternizados naquele banco de praça que com o fim deixará de ser o "nosso banco" e voltará a ser um banco qualquer? Não quero me entregar, mas sinceramente não sei mais o que fazer. Sentimento ainda há, e meu chão se abre quando penso em perder você.

E esse é mais um dos muitos textos dos quais me arrependerei de postar logo que postá-lo,é mais um de todos que falam de desespero e desilusão, esse é mais uma parte de mim que deixo aqui.

Um comentário:

Thaís Leocádio disse...

vamos parar com isso galera