sábado, 30 de abril de 2011

é você, só você.

O céu estava alaranjado, era um fim de tarde. Pessoas caminhavam apressadas, e o vento parecia estar com  mais pressa ainda, fazia os cabelos se rebelarem em não poder seguir o fluxo e viajar o mundo  guiados simplesmente pelo vento.
Barulhos de carros, motos, pedaços de conversa, saltos batiam no chão, e alguns bebês choravam, gargalhadas, latidos, e as folhas das árvores produziam a trilha sonora da minha vida, naquele momento.., muito barulho e ao mesmo tempo todo silêncio.
As mãos entrelaçadas faziam me sentir um pouco da tudo. Sentimentos, emoções e sensações se misturavam e eu não conseguia fazer nada além de observá-lo. Era como se nada me incomodasse. Naquele lugar, com aquele menino tudo parecia um tanto quanto surreal.
Dizem que palavras não podem descrever um sentimento tão sublime, mas acredito nas palavras.
Eu me sentia voando nas nuvens guiada por aquelas mesmas mãos, e quando percebi que já era tarde da noite. Sorri de leve, e pensei o quanto é bom saber que ainda estamos juntos.


Te amo meu menino.

sábado, 16 de abril de 2011

O homem

Depois de uma tarde de trabalho, as mãos calejadas procuraram dentro do bolso algum dinheiro que tivesse sido esquecido. Uma nota de cinco, um sorriso.Aquele havia sido um dia de sorte.
O homem pensou nos filhos, na esposa, e em como ficariam felizes em ganhar uma caixa de chocolates. A vida estava difícil, e os meninos apesar de compreensivos não deixavam de ser crianças. Tentavam disfarçar para não deixar o pai triste, mas o pai, esperto que era, percebia no olhar das crianças o desejo, e ficava com o coração apertado.
O homem entrou em casa, radiante. O cachorro foi o primeiro a saudá-lo, logo vieram as crianças, enchendo-o de beijos e abraços de saudade. A caixa foi dada as crianças que apesar de quase nada terem dividiram sem ganância, sem trapaça, sem desespero. 
Aquela noite foi uma noite especial, apesar de igual as demais. Reunidos à mesa contavam uns aos outros os contratempos do dia. Com os olhos cansados o velho pai olhava fixamente aquela família, quão lindos eram seus filhos. E sua esposa... como podia o tempo só lhe fazer bem?
6, era o número de filhos.Olhando para a vela sobre a mesa o homem descobriu que com seus braços não podia abraçar o mundo, (mal consegui abraçar os filhos de uma só vez), mas podia lutar por uma vida melhor.  Aquela família apesar de não ter nada, tinha tudo. Dinheiro faltou-lhes algumas vezes, mas amor nunca.

não leia.

Essa semana me disseram " ou, li seu blog" e eu fiquei um pouco constrangida. Não sei por que tenho um blog afinal só tiro "v" nas redações do colégio. Não sei escrever pros outros. Escrevo pra mim. Acho que o objetivo disso aqui  é poder voltar no tempo e sentir saudades daqui uns 10 anos. 
A falta de tempo me impede de postar mais vezes. A escola está cada vez mais apertada e as vezes sinto medo de não conseguir. Matemática, física e química, como sempre andam me "batendo" muito. Não adianta, entre um livro de física ou "O Clone" fico com a segunda opção (o que não deveria fazer parte da vida de uma futura vestibulanda).
Sábados e domingos quase não se diferem mais de outros dias da semana. Fico louca para eles chegarem, mas quando tenho um tempinho para descansar já é segunda-feira de novo. Os dias passam rápido, e levam minha vida consigo. Não percebi exatamente quando, mas de repente ganhei uma linda ruga!!