sábado, 16 de abril de 2011

O homem

Depois de uma tarde de trabalho, as mãos calejadas procuraram dentro do bolso algum dinheiro que tivesse sido esquecido. Uma nota de cinco, um sorriso.Aquele havia sido um dia de sorte.
O homem pensou nos filhos, na esposa, e em como ficariam felizes em ganhar uma caixa de chocolates. A vida estava difícil, e os meninos apesar de compreensivos não deixavam de ser crianças. Tentavam disfarçar para não deixar o pai triste, mas o pai, esperto que era, percebia no olhar das crianças o desejo, e ficava com o coração apertado.
O homem entrou em casa, radiante. O cachorro foi o primeiro a saudá-lo, logo vieram as crianças, enchendo-o de beijos e abraços de saudade. A caixa foi dada as crianças que apesar de quase nada terem dividiram sem ganância, sem trapaça, sem desespero. 
Aquela noite foi uma noite especial, apesar de igual as demais. Reunidos à mesa contavam uns aos outros os contratempos do dia. Com os olhos cansados o velho pai olhava fixamente aquela família, quão lindos eram seus filhos. E sua esposa... como podia o tempo só lhe fazer bem?
6, era o número de filhos.Olhando para a vela sobre a mesa o homem descobriu que com seus braços não podia abraçar o mundo, (mal consegui abraçar os filhos de uma só vez), mas podia lutar por uma vida melhor.  Aquela família apesar de não ter nada, tinha tudo. Dinheiro faltou-lhes algumas vezes, mas amor nunca.

3 comentários:

Thaís Leocádio disse...

AH, QUE TEXTO LINDO! Gaby, feiosa, eu sempre vou ler seu blog porque você não manda em mim. Mas quando as pessoas dizem que leram o blog d agente é constrangedor mesmo, mas depois você esquece que ele disseram isso e fica tudo bem. Continue escrevendo, eu vou fingir que não leio, tá? Mas séiro, parabéns. E o V aqui só se for de Vida Loka. Te amo muito. <3

Thaís Leocádio disse...

da gente*

Thaís Leocádio disse...

*sério